Lateral-direito levantou a taça do tricampeonato de 1970 pela seleção brasileira
Seja como lateral-direito, onde começou na base do Fluminense, seja como zagueiro, ele sempre desfilou pelos gramados uma classe com a bola nos pés em que não ficava para trás nem para um astro do nível de Franz Beckenbauer. Santos, Botafogo, Flamengo e New York Cosmos tiveram em campo a sua classe. Era reverenciado no mundo todo pelo seu passado. Depois, como treinador, o Capita, como era carinhosamente chamado, teve como pontos altos a conquista do Campeonato Brasileiro de 1983, pelo Flamengo, a Copa Conmebol, em 1993, pelo Botafogo, e o Campeonato Carioca pelo Fluminense, em 1984.
No tour da Taça Fifa antes da Copa de 2014, realizada no Brasil, Carlos Alberto Torres repetiu o beijo que dera na Jules Rimet em 1970. Capitão ganhou títulos como jogador e técnico (Foto: Gaspar Nobrega / Inovafoto Divulgação)
Como jogador, Carlos Alberto conquistou uma penca de títulos. No Fluminense, clube de coração. onde começou a carreira, conquistou o Carioca em 1964, quando estourou, e depois no seu retorno, em 1975 e 1976, com a famosa máquina montada pelo presidente eterno Francisco Horta. No Santos de Pelé, onde chegou em 1965, ainda garoto, e viveu o auge e atuou ao lado de craques como o próprio Rei doi Futebo, Edu e Clodoaldo, companheiros de tricampeonato mundial, ganhou a Taça Brasil em 1965 e 1968, o Torneio Rio-São Paulo em 1966, a Recopa Sul-Americana em 1968 e muitos campeonatos paulistas - 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973.
Em sua breve passagem pelo Botafogo em 1971, emprestado pelo Santos, Carlos Alberto Torres não conquistou títulos mas teve também presença marcante, atuando ao lado de craques como Jairzinho, Paulo Cezar Caju e outros. Depois, voltou ao Peixe, até retornar ao Fluminense, onde viveu outro grande momento em sua carreira, com a Máquina de Rivellino, Paulo Cezar, Pintinho & Cia.
Saiu da Máquina em 1977 para atuar no Flamengo de Zico, onde também passou em branco mas viu começar ali aquele que seria a maior equipe rubro-negra da história. Depois, reviu Zico, Junior, Leandro e Adílio quando os comandou na conquista do Brasileiro de 1983.
O pouco tempo no Flamengo como jogador teve explicação. O New York Cosmos o queria. Já como zagueiro, Carlos Alberto foi para a equipe americana recém-montada para atuar com supercraques. O Cosmos ficou conhecido por reunir uma verdadeira seleção mundial, de Pelé a Franz Beckenbauer. E o Capita, por lá, foi campeão por quatro temporadas - 1977, 1978, 1980 e 1982. Levantar taça era com ele mesmo.
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