Julgamento no STJD ocorre após torcedor ter chamado Tchê Tchê, do Palmeiras, de macaco. Clube terá que tomar medida para que responsável não vá ao estádio
O Atlético-PR foi considerado culpado e multado em R$ 10 mil pelo caso de injúria racial contra o jogador Tchê Tchê, do Palmeiras, antes do jogo entre os clubes, na Arena da Baixada, dia 14 de agosto, pela 20ª rodada do Brasileirão. O julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ocorreu na tarde desta quarta-feira e, além da multa, foi determinado que o clube tome medidas para impedir que o responsável não vá aos jogos em que o Atlético-PR é mandante pelo prazo de 720 dias.
O xingamento foi registrado em um vídeo da TV Palmeiras, que mostrava um torcedor no setor Brasílio Itiberê inferior chamando Tchê Tchê de macaco na entrada dos times em campo. O árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima (RS) não chegou a relatar na súmula. (veja o vídeo acima)
O Atlético-PR foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência" e corria risco de receber multa de até R$ 100 mil.
O risco de perder mando de campo ou receber uma punição maior era mínimo porque a injúria racial foi sido praticada por apenas um torcedor. O CBJD determina que se a infração fosse praticada "por considerável número de pessoas", o clube seria "punido com a perda do número de pontos" e que, se não fosse possível tirar pontos, seria excluído do campeonato.
Desde o início do caso, a reportagem do GloboEsporte.com tenta contato com o Atlético-PR através da assessoria de imprensa, mas não teve retorno em nenhuma das vezes. O jogador Tchê Tchê disse que não iria se pronunciar sobre o caso.
Tchê Tchê, do Palmeiras, olha para torcedor após xingamento (Foto: Reprodução)
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