Campeão mundial das argolas em 2006, Yuri van Gelder comemora com bebidas alcoólicas a vaga na final olímpica e, por isso, é expulso pelo Comitê da Holanda
Yuri van Gelder se classificou para a final das argolas (Foto: Reprodução/Instagram)
A Olimpíada do Rio de Janeiro acabou mais cedo para Yuri van Gelder. O ginasta de 33 anos foi retirado da delegação da Holanda nesta segunda-feira e enviado de volta para seu país. Ídolo, amigo e rival do brasileiro Arthur Zanetti, ele comemorou a classificação para a final das argolas em uma noitada e admitiu o consumo de bebidas alcoólicas. Por má conduta, o Comitê Olímpico da Holanda retirou o ginasta da Olimpíada.
– Foi uma decisão muito difícil, mas este comportamento é inaceitável. É terrível para o Yuri, mas não temos outra escolha diante de tamanha violação dos nossos valores – disse Maurits Hendriks, chefe de missão da Holanda, aos jornais do país.
Yuri foi campeão mundial das argolas em 2006, quando Arthur Zanetti ainda era juvenil. O brasileiro até hoje tem o holandês como ídolo. Os dois são amigos e mantêm contato. Yuri é casado com uma brasileira e fala português. Em 2009, ele sofreu uma suspensão por consumo de cocaína. Na época, pediu desculpas pelo desvio de conduta.
Yuri van Gelder foi retirado da Vila Olímpica e mandado de volta para a Holanda (Foto: Reprodução/Instagram)
No Mundial do ano passado, Yuri selou a eliminação de Zanetti levando a última vaga para a final das argolas. Ele acabou em sexto. No Rio, foi o oitavo colocado, mas entraria na final com a sétima melhor nota, já que o francês Samir Ait Said, sexto colocado, sofreu uma grave fratura na perna ainda na competição classificatória. Outro francês, Danny Pinheiro herdou a vaga de Yuri para a decisão do dia 15 de agosto.
A Olimpíada do Rio era a primeira da carreira de Yuri, que não havia conseguido classificação para os Jogos de 2008 e 2012. Ele deixou a Vila Olímpica na noite de sábado para comemorar a classificação para a final das argolas e só voltou nas primeiras horas da manhã do domingo.
– No nosso time, esse comportamento não pode ser tolerado – disse Hans Gootjes, diretor técnico da Real Federação Holandesa de Ginástica (KNGU).
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