Corintiano preso por invadir Vasco x Fla diz que alvo era Guerrero: "Traíra"

Torcedor foi à semifinal do Carioca na Arena da Amazônia, domingo, para criticar
o ex-atacante do Corinthians e acabou detido. Em depoimento, justifica invasão

O Vasco bateu o Flamengo por 2 a 0, no último domingo, e garantiu a classificação para a final do Campeonato Carioca. Em campo, além dos 22 jogadores, um intruso. Não que uma invasão ao local do jogo seja uma novidade – ainda mais em partidas de grande apelo –, mas desta vez, na Arena da Amazônia, quem invadiu não tinha o menor interesse na partida. Corintiano e totalmente alheio à decisão carioca, Yesley Ricarte Araújo, de 28 anos driblou a segurança para dar uma bronca em Paolo Guerrero. No fim, acabou sendo detido pela Polícia Civil do Amazonas.

Em depoimento, o corintiano explicou que não pertence a qualquer tipo de torcida organizada e justificou a invasão. A intenção? Mandar um recado para o peruano.

– Sou torcedor do Corinthians e fiquei muito abalado porque o Guerrero nos deixou. Como ele é o atual atacante do Flamengo, vim até aqui para dizer que ele é um traíra – argumentou o infrator, ainda no estádio.

Na Delegacia de Apoio a Grandes Eventos (Dage), montada dentro da própria Arena da Amazônia, o autônomo teve que assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), após ser autuado pelo Artigo 41-B da Lei nº 10.671 do Estatuto do Torcedor, por invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos. Após os procedimentos, Yesley foi liberado e irá responder pelo crime em liberdade. 

Corintiano presta depoimento após invasão em Vasco e Flamengo (Foto: Divulgação/PC-AM)

Paolo Guerrero chegou ao Corinthians em 2012 e assumiu a camisa 9 do time. Ganhou destaque no Mundial de Clubes e caiu nas graças da torcida ao marcar o gol que garantiu o título alvinegro na final contra o Chelsea. O peruano ficou no clube pelos três anos seguintes, até ser liberado em maio de 2015. Dias depois assinou com o Flamengo. Na equipe rubro-negra estreou com um gol e viveu um bom início, mas já amargou jejum de cinco meses sem gols – a quebra foi no início deste ano – e não vive seu melhor momento.