Flávio Caça-Rato e Rhaudeman foram apresentados no Duque de Caxias, que está na Série B do Carioca. Festa tem impaciência, recado irreverente e até concorrência
Sete anos atrás o Duque de Caxias figurava na Série B do Campeonato Brasileiro. Forte, era considerado a quinta força do Rio de Janeiro. Hoje, depois de uma queda vertiginosa nas últimas três temporadas, o clube luta agora para voltar à elite do futebol Carioca. Um caminho de recomeço que ainda mantém o sonho de grandeza, ainda que timidamente. Neste esforço de retornar ao cenário e à mídia, a diretoria aposta numa ousada dobradinha, digamos, genérica de Real Madrid e Barcelona. Contratações de impacto, com e sem aspas. Um nome famoso e outro que ainda vive à sombra do parente famoso. Cerejas do bolo em um pacotão de sete reforços, o Tricolor da Baixada apresentou Rhaudeman, primo de Neymar, astro culé, e Flávio Caça-Rato, o CR7 do Nordeste, ex-Santa Cruz e Sport. Tudo em uma segunda-feira atípica para o clube.
- Podem esperar aquele Caça-Rato do Santa Cruz. Muito feliz aqui. Espero ter sucesso. Eu sei da minha importância. O Duque tem sua história. Independente de onde estou jogando, o torcedor pode esperar meu melhor. Espero dar a volta por cima. Depender de mim, vou dar meu sangue aqui. Eu sei que tudo seu momento, de estar em time grande e pequeno. E sei que a pressão vai existir - afirmou Caça-Rato.
- Podem esperar aquele Caça-Rato do Santa Cruz. Muito feliz aqui. Espero ter sucesso. Eu sei da minha importância. O Duque tem sua história. Independente de onde estou jogando, o torcedor pode esperar meu melhor. Espero dar a volta por cima. Depender de mim, vou dar meu sangue aqui. Eu sei que tudo seu momento, de estar em time grande e pequeno. E sei que a pressão vai existir - afirmou Caça-Rato.
Flávio Caça-Rato e Rhau são apresentados no Duque de Caxias (Foto: Anderson Lima / Agência MS)
Caça-Rato escolheu a Série B do Rio com 29 anos para ter chances de atuar. O atacante, que saiu sem grande brilho do Guarani e vive com o passado glorioso do Santa Cruz sempre no espelho, ainda alimenta o sonho de voltar ao cenário do futebol nacional e, acredite, à seleção brasileira. Considerado um ídolo dos últimos anos no Arruda, o atacante, relaxado em uma cadeira de plástico à espera da apresentação, confessa que não sabe quantos gols tem na carreira.
- Vale juvenil, juniores e infantil? Sei não, visse!? Mas já fiz muito gol. No Santa Cruz, então... Só não fiz contra - disse o irreverente atacante, sem desgrudar do celular.
Apresentado para ser a dupla do companheiro famoso, Rhau, como gosta de ser chamado, ainda sonha com um lugar ao sol no futebol. Formado nas categorias de base do Santos junto com o primo famoso, passou dois anos no Bangu e, em 2015, esteve no Cianorte-PR. No entanto, em nenhum deles, o jogador conseguiu ter destaque. Aos 22 anos, o atacante quer deixar definitivamente de viver à sombra de Neymar.
- Já me incomodou muito (ser chamado de primo de Neymar). Hoje já aprendi a lidar com isso. É o meu momento, de mostrar meu futebol, mostrar quem é o Rhau, antes de ser primo do Neymar. Ele até me mandou boa sorte, falo com ele todos os dias - disse o atacante.
Contraste familiar: Neymar, Rhaudeman, apresentações e discrepância de mundos (Foto: Infoesporte)
O pacote de reforços incluiu também Daniel Marins, Rodrigo Trindade, Magdiel, Erick Foca e Rafael Souza. O time também apresentou José Carlos Pereira, novo diretor de futebol.
CR7 ESTRANHA, E TORCIDA MANDA RECADO
Acanhado, o Duque de Caxias é um clube sem grande investimento financeiro. Tem apoio da prefeitura e de uma fábrica de bebidas. E tudo no Tricolor da Baixada é modesto. A sala de coletivas tem dois sofás já gastos, rasgados. Ao entrar, sincero, Caça-Rato pergunta:
- Vai ser aqui? Aqui? - questionou, sem deixar o bom humor de lado.
Marcado para começar às 19h, a coletiva acabou atrasando cerca de uma hora. O motivo era a espera da imprensa, que apareceu em número tímido, bem diferente das recepções que Caça-Rato estava acostumado a ter.
- Vai ser rapidinho? Terminou aqui, já era? - perguntou, impaciente.
A contratação de Caça-Rato também traz na bagagem a irreverência. E algum senso irônico. Dentro e fora do campo. Porém, tudo que vai... volta. Dentro do cerca de 50 torcedores que acompanharam a apresentação, um aproveitou para mandar um recado para CR7.
- Nada de "danone", hein?! - disse um torcedor referindo-se, claro, à bebidas alcoólicas.
- Vai ser aqui? Aqui? - questionou, sem deixar o bom humor de lado.
Marcado para começar às 19h, a coletiva acabou atrasando cerca de uma hora. O motivo era a espera da imprensa, que apareceu em número tímido, bem diferente das recepções que Caça-Rato estava acostumado a ter.
- Vai ser rapidinho? Terminou aqui, já era? - perguntou, impaciente.
A contratação de Caça-Rato também traz na bagagem a irreverência. E algum senso irônico. Dentro e fora do campo. Porém, tudo que vai... volta. Dentro do cerca de 50 torcedores que acompanharam a apresentação, um aproveitou para mandar um recado para CR7.
- Nada de "danone", hein?! - disse um torcedor referindo-se, claro, à bebidas alcoólicas.
Espaço de eventos da comunidade, a apresentação de Caça-Rato e Rhau "concorreu" com uma universitária e uma festa infantil. No fim, serviu para completar o sentimento de festa.
O DUQUE DE CAXIAS
Fundado em 2005, o Duque de Caxias chegou a ser a quinta força do futebol do Rio de Janeiro. Alcançou a Série B do Brasileiro em 2009, onde teve como "conquista" uma oitava colocação. Naquela época, era comandado por Gilson Kleina. Ficou três anos na Segundona. Depois, queda livre. Hoje, disputa apenas a Série B do Rio de Janeiro. E não classificou para as finais da Taça Santos Dumont, primeiro turno.
O clube fica situação em Xerém, distrito de Duque de Caxias, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Possui um estádio, que é chamado de Marrentão - em alusão ao jeito irreverente de Romário, que batiza o local. A capacidade é de pouco mais de três mil lugares.
O clube fica situação em Xerém, distrito de Duque de Caxias, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Possui um estádio, que é chamado de Marrentão - em alusão ao jeito irreverente de Romário, que batiza o local. A capacidade é de pouco mais de três mil lugares.
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