- Presidente da Liga, Gilvan Tavares disse que não deixará de realizar torneio em 2016
A realização da Primeira Liga está oficialmente proibida para este ano de 2016. É o que diz a CBF em comunicado divulgado na tarde desta segunda-feira.
A "resolução da diretoria" da Confederação informou "não aprovar a solicitação para realização de qualquer competição não inserida no Calendário Nacional no ano de 2016, em vista das considerações acima apresentadas. Admitir a realização de jogos amistosos até o dia 30 de janeiro, dentro do período de pré-temporada, já com a anuência das Federações e em respeito às determinações do Estatuto do Torcedor", justificou.
Oficialmente, os clubes estariam liberados por CBF e Federações a disputarem o torneio em três datas. No entanto, com o novo comunicado, poderiam apenas realizar os jogos marcados para esta quarta-feira (27) em caráter amistoso.
O recuo da CBF, que falava em acordo com a Liga até o final da última semana, ocorre após forte pressão do presidente da Ferj, Rubens Lopes, cobrando uma posição firme da confederação diante daquela que chamou de "competição pirata".
A decisão de soltar o comunicado não referendando a realização da Liga foi tomada em encontro na CBF na tarde desta segunda. O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, conversou com o mandatário da Ferj e líder da oposição ao torneio, Rubens Lopes, durante almoço em homenagem ao jogador Wendell Lira, premiado pela Fifa na última semana.
Procurados pela reportagem, membros da diretoria da Primeira Liga informaram que a ideia inicial é não recuar na "briga" e manter a disputa do torneio neste ano. O presidente do Cruzeiro e da Liga, Gilvan Tavares, bem como o mandatário do Grêmio, Romildo Bolzan, informaram que datas e jogos serão mantidos "mesmo em caráter amistoso.
Questionado sobre uma possível disputa na esfera judicial em caso de realização da Liga, Walter Feldman evitou o termo e falou em acordo no futuro.
"São muitas coisas que violam estatuto e interesses dos atletas. A Copa [Primeira Liga] se insere perfeitamente nos calendários, mas não será feito às pressas agora. Não quero falar em guerra com essa proibição, mas sim numa tentativa de tempo para conversar e chegar num acordo. A Copa do Nordeste foi feita às pressas e não teve um bom início. Depois acertamos. É assim que esperamos fazer", argumentou o secretário-geral da CBF.
*Colaboraram Jeremias Wernek e Thiago Fernandes
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