Em meio à tristeza pelo terceiro rebaixamento do Vasco, membros de torcida organizada agridem repórteres e fotógrafos. Sindicato dos jornalistas repudia ação
Torcedores do Vasco que coagiram equipes de reportagem no ES (Foto: Divulgação)
A torcida vascaína que se reuniu nos bares da Grande Vitória não entregou os pontos. Cantaram, incentivaram o Cruz-maltino do início ao fim da rodada de encerramento do Brasileiro, no último domingo à tarde. Mas ela acabou decretando o terceiro rebaixamento do Clube da Colina em 8 anos - os dois últimos numa distância de apenas dois anos.
No Bar Zé Pilin, em Jardim da Penha, cerca de 100 torcedores da organizada Guerreiros do Almirante (GDA) se reuniram para assistir ao empate de 0 a 0 do Vasco com o Coritiba com churrasco na calçada, batucada, bandeirão e uma bonita festa. Porém, quando se aproximava o final da partida, dois torcedores mais exaltados coagiram e agrediram membros da imprensa que estavam presentes no local para cobrir a concentração dos vascaínos.
Um deles (o de boné) em um primeiro momento coagiu o fotógrafo do jornal A Gazeta para não publicar fotos da torcida em caso de queda do time. Logo depois, a alguns metros dali, já na rua, o mesmo torcedor arrancou com violência um bloco de anotações das mãos do repórter do jornal A Tribuna. Um outro agressor surgiu (o de camisa preta do Vasco) e bateu forte na câmera do fotógrafo de A Gazeta tentando arrancá-la.
Na confusão, cerveja ainda foi jogada pelos agressores na câmera fotográfica. O torcedor de camisa preta ainda tentou uma nova investida, mas foi impedido por outros vascaínos que estavam no local e não queriam saber de violência.
As equipes de reportagem, compostas por dois repórteres e dois fotógrafos, acharam por bem sair do local temendo outros possíveis ataques dos agressores. Diferente dos dois torcedores violentos, o vascaíno Carlos Magno Vitória, que assistiu ao jogo no Triângulo das Bermudas, conversou com a reportagem de forma tranquila e culpou a reação tardia do Vasco pela confusão.
- Lamentavelmente mais uma vez na Série B. O clube vai ter que cumprir com sua honra de verdade agora - disse o torcedor.
Time do Vasco sofreu o seu 3º rebaixamento de divisão em apenas oito anos (Foto: HEULER ANDREY - Agência Estado)
Sindicato emite nota de repúdio por conta das agressões
O Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo (SindijornalistasES) se manifestou por meio de nota de repúdio por conta das agressões sofridas pelos repórteres e fotógrafos dos jornais impressos capixabas, as quais considera "covardes", se colocando à disposição dos profissionais para qualquer medida judicial. Confira na íntegra a nota.
É com pesar e repúdio que o Sindicato dos Jornalistas no Espírito Santo vem a público mais uma vez protestar contra a intolerância, a ignorância e a violência de pessoas que transformam festas, confraternizações e manifestações em atos de selvageria contra profissionais que estão somente exercendo sua função de trabalhador.
Mais uma vez esse fato lamentável aconteceu aqui em Vitória. No domingo, dia 06/12, torcedores do Vasco da Gama , membros da torcida organizada Guerreiros do Almirante (GDA), frustrados com o rebaixamento do time, resolveram descontar a frustração em cima de 4 jornalistas que estavam trabalhando na cobertura dos eventos promovidos pelas torcidas, um deles realizado no bar Zé Pilin, no bairro Jardim da Penha.
O Sindijornalistas repudia veementemente esta prática covarde de torcedores e se coloca à disposição dos jornalistas de A Gazeta e A Tribuna para medidas judiciais que acharem necessárias.
Mais uma vez esse fato lamentável aconteceu aqui em Vitória. No domingo, dia 06/12, torcedores do Vasco da Gama , membros da torcida organizada Guerreiros do Almirante (GDA), frustrados com o rebaixamento do time, resolveram descontar a frustração em cima de 4 jornalistas que estavam trabalhando na cobertura dos eventos promovidos pelas torcidas, um deles realizado no bar Zé Pilin, no bairro Jardim da Penha.
O Sindijornalistas repudia veementemente esta prática covarde de torcedores e se coloca à disposição dos jornalistas de A Gazeta e A Tribuna para medidas judiciais que acharem necessárias.
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