segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Extradição direta: conduzido pelo FBI, Marin sequer passará pelo embarque

Procedimento é quase secreto e não aparece nos terminais suíços e norte-americanos

Quadro de embarques Suíça (Foto: Claudia Garcia)
Quadro mostra possíveis embarques de Marin para os EUA (Foto: Claudia Garcia)
Nem a polícia suíça nem o FBI dão muitas informações sobre o procedimento de extradição de José Maria Marin de Zurique para os Estados Unidos, mas a viagem do cartola com os policiais norte-americanos será feita nesta semana. A reportagem do GloboEsporte.com está em Zurique e apurou junto a policiais do aeroporto da capital suíça que este tipo de extradição é realizado de forma rápida e sem que ninguém dê conta do transporte de um preso no voo comercial. Por isso, Marin não vai sequer entrar no terminal do aeroporto de Zurique, nem irá passar por nenhum controle de passaporte ou embarque. O ex-presidente da CBF será transportado por policiais do FBI diretamente do presídio onde se encontra em Zurique para a pista do aeroporto e de lá entrará diretamente no voo. 
Os policiais do aeroporto asseguram que em extradições não existe qualquer possibilidade de Marin ser visto no aeroporto e que o FBI não permite contato entre o preso e o resto dos passageiros. Por isso, o brasileiro deve entrar por último no voo e sair em primeiro lugar, algemado e acompanhado pelos policiais do FBI. Da pista do aeroporto de Nova Iorque, ele será  igualmente transportado para um presídio norte-americano. 
Presídio centro de Zurique (Foto: Claudia Garcia)Presídio no centro de Zurique onde Marin provavelmente está preso (Foto: Edgar Alencar)
Diariamente quatro companhias operam voos diretos de Zurique para Nova Iorque. Três delas são americanas e uma é suíça. O mais provável é que o brasileiro viaje num desses voos diretos.
Marin está preso em Zurique desde o dia 27 de maio e é acusado de receber e repartir propinas com outros dirigentes, referentes à cessão de direitos sobre edições da Copa América e da Copa do Mundo de 2014. O brasileiro aceitou a extradição para Nova Iorque, onde está o processo. 

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