Craque argentino decidiu a Supercopa da UEFA ao marcar dois gols de falta, foi eleito o melhor do jogo e segue mostrando evolução física e psicológica
Mais de 50 mil pessoas de pé, em um estádio em Tbilisi, capital da
Geórgia, aplaudem um jogador. O telão do estádio Boris Pachadze exibe o
número 10 e o nome de Lionel Messi, ao lado da frase "homem do jogo". A
maioria dos presentes na decisão da Supercopa da Uefa tinha um palpite
de que a noite de terça-feira terminaria exatamente desta forma, mas,
mesmo assim, ainda negocia os sentimentos para entender o que aconteceu
diante de seus olhos. Messi faz o óbvio se tornar imprevisível e
impressionante.
O argentino balançou as redes duas vezes, em cobranças de faltas impecáveis, e comandou a jogada do gol da vitória por 5 a 4 diante do Sevilla, a cinco minutos do fim do segundo tempo da prorrogação. Os andaluzes foram bravos, apertaram a marcação no craque do jogo, mas como bem define o compatriota Mascherano, "quando está inspirado, Messi só depende dele mesmo". Na Georgia, para delírio do público local, ele viveu uma destas noites.
É preocupante para os adversários. Dono de quatro bolas de ouro, Messi segue melhorando. Aos 28 anos, pela primeira vez em sua carreira, ele marcou dois gols de falta no mesmo jogo, em um intervalo de oito minutos, e utilizando duas técnicas diferentes. O argentino parece estar no auge de sua forma física, e antecipou a volta de férias em quase uma semana para retornar aos treinos com o time. Uma mudança de atitude drástica para o jogador que terminou a temporada retrasada em baixa, e sem conquistas.
Messi parece finalmente ter encontrado um equilíbrio ideal entre inteligência profissional e emocional, mesmo que isso signifique estourar com o adversário de vez em quando. Em seu jogo de estreia na temporada, no torneio amistoso Joan Gamper, ele chegou a colocar a mão no pescoço do zagueiro Mapou durante discussão. Na noite desta terça, ele largou a partida por alguns segundos para discutir com o técnico adversário Unai Emery na beira do gramado.
A vaidade mudou, o cabelo está mais estilizado, o braço coberto de tatuagens. É possível flagrar Messi em mais ocasiões no jogo observando-se no telão, fato que seus fãs utilizavam para criticar o maior rival, Cristiano Ronaldo. Para o Barça, e para o próprio Messi, o mais importante é que isso só tem potencializado seu talento.
- Eu estava um pouco nervoso antes de enfrentá-los. O cara quando tem a bola no pé é complicado, desequilibrou o jogo em duas bolas paradas. O Messi todo mundo sabe, todo mundo conhece - definiu o brasileiro Mariano, lateral direito do Sevilla, que fez sua estreia no time com a missão de encarar o atacante.
Sem Neymar ao seu lado, Messi contou com a parceria de Luis Suárez, autor de um gol e uma assistência, mas precisou chamar a responsabilidade para que o jogo fosse decidido em seu favor, e assim conseguisse ganhar seu 25º título pelo Barcelona. Com jogadores do Sevilla colados em sua sombra - porque o corpo passou na frente na maior parte das ocasiões - Messi se livrou da marcação de dois, e sofreu falta de Mariano na entrada da área. Bateu uma vez, na mão do adversário, bateu outra, e o goleiro Beto fez defesa milagrosa, mas, no segundo rebote, Pedro fez.
Messi flutuou sobre o campo em Tbilisi por 127 minutos e 21 segundos, chutou oito vezes ao gol, foi o mais caçado com sete faltas, deu 90 passes, e acertou 77. Fora o baile. Um início de temporada promissor para o jogador, em busca de sua quinta bola de ouro, e para o Barcelona, que pretende ganhar o sextete em 2015.
O argentino balançou as redes duas vezes, em cobranças de faltas impecáveis, e comandou a jogada do gol da vitória por 5 a 4 diante do Sevilla, a cinco minutos do fim do segundo tempo da prorrogação. Os andaluzes foram bravos, apertaram a marcação no craque do jogo, mas como bem define o compatriota Mascherano, "quando está inspirado, Messi só depende dele mesmo". Na Georgia, para delírio do público local, ele viveu uma destas noites.
Na volta a Barcelona, Messi e Iniesta levam a taça da Supercopa,
conquistada nesta terça
(Foto: Miguel Ruiz / Barcelona)
É preocupante para os adversários. Dono de quatro bolas de ouro, Messi segue melhorando. Aos 28 anos, pela primeira vez em sua carreira, ele marcou dois gols de falta no mesmo jogo, em um intervalo de oito minutos, e utilizando duas técnicas diferentes. O argentino parece estar no auge de sua forma física, e antecipou a volta de férias em quase uma semana para retornar aos treinos com o time. Uma mudança de atitude drástica para o jogador que terminou a temporada retrasada em baixa, e sem conquistas.
Taça Supercopa da Europa bem guardada na volta para casa (Foto: Miguel Ruiz / Barcelona)
A 'mirada matadora' - olhar
matador - que o ex-técnico Tata Martino pedia a Messi, está de volta,
junto com uma mudança de atitude que explica o bom momento do jogador.
Dentro de campo, um personagem que costumava brilhar com os pés, mas com
aspecto apático, hoje investe mais na conversa com seus companheiros,
cobrança e sorrisos. O camisa 10 subiu na hierarquia do clube, é o
segundo capitão, e terminou a partida em Tbilisi com a faixa em volta de
seu braço.Messi parece finalmente ter encontrado um equilíbrio ideal entre inteligência profissional e emocional, mesmo que isso signifique estourar com o adversário de vez em quando. Em seu jogo de estreia na temporada, no torneio amistoso Joan Gamper, ele chegou a colocar a mão no pescoço do zagueiro Mapou durante discussão. Na noite desta terça, ele largou a partida por alguns segundos para discutir com o técnico adversário Unai Emery na beira do gramado.
A vaidade mudou, o cabelo está mais estilizado, o braço coberto de tatuagens. É possível flagrar Messi em mais ocasiões no jogo observando-se no telão, fato que seus fãs utilizavam para criticar o maior rival, Cristiano Ronaldo. Para o Barça, e para o próprio Messi, o mais importante é que isso só tem potencializado seu talento.
Mesmo intensamente marcado como de hábito, o argentino foi o destaque em Tbilisi
(Foto: Reuters)
- Eu estava um pouco nervoso antes de enfrentá-los. O cara quando tem a bola no pé é complicado, desequilibrou o jogo em duas bolas paradas. O Messi todo mundo sabe, todo mundo conhece - definiu o brasileiro Mariano, lateral direito do Sevilla, que fez sua estreia no time com a missão de encarar o atacante.
Sem Neymar ao seu lado, Messi contou com a parceria de Luis Suárez, autor de um gol e uma assistência, mas precisou chamar a responsabilidade para que o jogo fosse decidido em seu favor, e assim conseguisse ganhar seu 25º título pelo Barcelona. Com jogadores do Sevilla colados em sua sombra - porque o corpo passou na frente na maior parte das ocasiões - Messi se livrou da marcação de dois, e sofreu falta de Mariano na entrada da área. Bateu uma vez, na mão do adversário, bateu outra, e o goleiro Beto fez defesa milagrosa, mas, no segundo rebote, Pedro fez.
Messi flutuou sobre o campo em Tbilisi por 127 minutos e 21 segundos, chutou oito vezes ao gol, foi o mais caçado com sete faltas, deu 90 passes, e acertou 77. Fora o baile. Um início de temporada promissor para o jogador, em busca de sua quinta bola de ouro, e para o Barcelona, que pretende ganhar o sextete em 2015.
Suárez, Messi, Mascherano e a taça da suada e dramática conquista na Georgia
(Foto: Reprodução Twitter)
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