Wendell e Jonathan Tah, do time alemão, são alvo de cantos preconceituosos ao longo do jogo. Por ironia, gol do triunfo do Lazio é marcado por atacante senegalês
A ironia poderia ser também uma lição para o futuro. Nesta terça-feira, os torcedores do Lazio comemoraram a vitória por 1 a 0 sobre o Bayer Leverkusen, pela ida dos playoffs da Liga dos Campeões, graças a um gol do atacante senegalês Baldé Keita. Alguns destes mesmos fãs que festejaram o lance do jovem de 20 anos passaram o jogo gritando ofensas racistas ao brasileiro Wendell e ao alemão Jonathan Tah, ambos da equipe germânica.
Wendell disputa a bola com Felipe Anderson, do Lazio: lateral foi alvo de gritos racistas
(Foto: Getty Images)
Por
duas vezes ao longo do jogo, o locutor do estádio avisou: se os
torcedores continuassem com os cantos racistas, o árbitro poderia até
mesmo interromper a partida. A primeira advertência veio aos 20 minutos
do primeiro tempo; a segunda, no intervalo. Como deve ter ficado a cabeça de Keita? Enquanto ouvia injúrias aos adversários, o garoto fez seu papel. Ele entrou no lugar de Klose no intervalo e perdeu três chances claras até aproveitar uma falha de Papadopoulos, arrancar em velocidade, deixar Tah para trás e chutar cruzado, aos 32 minutos do segundo tempo. Na comemoração, colocou as mãos nos ouvidos: desafio à torcida ou convite à comemoração?
Keita comemora o gol da vitória do Lazio (Foto: AFP)
O
fato é que o Lazio tem uma vantagem razoável para o segundo jogo, que
acontecerá na quarta-feira da próxima semana, em Leverkusen. O time
italiano pode empatar ou perder por um gol de diferença, desde que
balance as redes. Ao Bayer, é necessário devolver o placar de 1 a 0 para
levar o jogo à prorrogação ou vencer por dois ou mais gols de diferença. Quem avançar garante vaga na fase de grupos da Champions
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