Seleção já entra classificada para semi, começa bem, mas "dorme" no 2º tempo, e panamenhos empatam de pênalti. Rival está entre México, Paraguai e Uruguai
O Brasil entrou em campo garantido nas semis. Apesar disso, a expectativa era que o time estivesse embalado pelas goleadas sobre Canadá (4 a 1) e Peru (4 a 0). Não foi o que ocorreu. Apesar da pintura de Luciano, que marcou de bicicleta e ainda fez mais um, e do gol oportunista de Clayton, a seleção teve falhas na defesa. O goleiro Andrey errou, e Aguilar aproveitou. O camisa 11 ampliou e, de pênalti, Escobar deixou tudo igual. No fim das contas, 3 a 3 no encerramento da fase de grupos do Pan de Toronto, no Estádio de Hamilton.
Luciano comemora golaço de bicicleta. Atacante foi substituído no intervalo
(Foto: Washington Alves/Exemplus/COB)
Com o resultado, o Brasil confirmou a
liderança do Grupo A, e o Panamá ficou com a segunda vaga. As semis serão na
quinta-feira, a partir de 18h35 (de Brasília), mas a definição dos confrontos
só ocorre nesta terça. Trinidad e Tobago, sem chance de classificação, encara o
vice-líder México, que tem quatro pontos. No outro duelo, o Paraguai, que está
em primeiro com os mesmos quatro pontos, pega o Uruguai, com um a menos. Ainda
nesta segunda, para cumprir tabela, o Peru bateu os canadenses por 2 a 0.
Golaço de Luciano e falha de Andrey marcam 1º tempo
Clayton marcou um dos gols brasileiro
(Foto: Washington Alves/Exemplus/COB)
Com as goleadas anteriores, a expectativa era que o Brasil viesse
embalado. Demorou um pouco, mas aconteceu. O jogo começou truncado, com todo o
time panamenho atrás. O primeiro lance que empolgou a torcida foi aos 18
minutos, quando Luciano recebeu a bola após uma bobeira da zaga rival, deu um
belo corte dentro da área, mas não achou ninguém. Era um prenúncio do que
viria.
A técnica do corintiano pesou. Primeiro, após uma cobrança de escanteio,
uma cabeçada deixou a bola no ponto certo para o camisa 18 dar uma linda
bicicleta, aos 24 minutos, perto da linha de fundo. Uma verdadeira pintura.
Brasil 1 a 0. Um minuto depois, uma sobra na entrada da área e uma batida sem
chances para Jaime de Gracia aumentaram o placar.
Luciano quase marcou após uma jogada de linha de fundo. Mas a vez era de
Clayton. Novamente, em um escanteio, a bola sobrou na segunda trave. O atleta
do Figueirense só mandou para as redes: 3 a 0. O troco do Panamá veio dois
minutos depois, aos 39, em falha do goleiro Andrey, que tentou tirar com uma
cabeçada curta, mas a bola parou nos pés de Aguilar. O atacante viu o gol vazio
e mandou de lá mesmo, diminuindo a desvantagem: 3 a 1.
Brasil "dorme", Panamá se anima e empata
Dodô tenta levar o Brasil para o ataque no Canadá (Foto: Washington Alves/Exemplus/COB)
O Panamá voltou com tudo no segundo tempo. Com a classificação ameaçada
pelo Canadá, precisava buscar a vitória. Pela direita, em uma falha defensiva
do Brasil, Jairo Jimenez tentou, a bola bateu na trave, e Aguilar, sozinho,
marcou.
- Eu acho que estávamos classificados e, com
o empate, ainda ficaríamos em primeiro. No primeiro tempo entramos bem,
no segundo, deixamos cair, foi bem abaixo. Acho que erramos quando
podíamos errar e agora todo mundo está ciente de que não ganhamos nada,
não fizemos nada e vamos firmes para as semifinais - disse Luciano, o
artilheiro brasileiro na partida.
Os panamenhos se animaram e, em mais uma incursão no ataque, acabaram
ganhando uma chance de ouro. Dentro da área, Jimenez preparou o chute, Eurico
chegou para tentar tirar e fez pênalti. Fidel Escobar bateu no cantinho de
Andrey e empatou o confronto em 3 a 3, aos 11 minutos da etapa final.
A zaga panamenha também falhou e, com o goleiro De Gracia adiantado,
Romulo tentou por cobertura, mas tocou fraco. O Panamá tentou de muito longe,
mas o goleiro Andrey, agora, estava ligado. Sem criar muito ofensivamente, o
técnico Rogério Micale optou por colocar Lucas Piazon no lugar de Barreto, mas
o panorama não mudou muito. Ainda assim, o Brasil teve a melhor chance do jogo
no minuto final: após falha da defesa, Romulo se viu com o gol aberto na
pequena área, mas acertou o travessão.
- Achamos que o
resultado estava feito, mas o futebol tem dessas coisas, não podemos
abaixar o ritmo e no momento que fizemos isso, tomamos os gols. Se tinha
um jogo no qual podíamos errar era esse. A partir de agora é semifinal
e, se Deus quiser, final. Então vamos trabalhar para corrigir os erros,
fazer um grande jogo e sair com êxito. Abrimos 3 a 0, entramos buscando a
vitória. Estávamos jogando bem, marcando em cima, o mesmo que fizemos
nos outros jogos. Não tem explicação tomar três gols, tem que rever, eu,
particularmente, não gosto de tomar gols. Mas, como eu disse, tenho a
consciência tranquila, sabia que uma hora íamos errar e esse era o
momento para isso - resumiu Luan, após a partida.
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