Pedras e prisão: peruanos brigam antes de partida contra a Venezuel

Torcedores dos clubes Alianza Lima e Universitário se enfrentam ao redor do Estádio Elias Figueroa. Não houve feridos, mas ao menos um homem saiu algemado do local

A primeira grande confusão da Copa América aconteceu na tarde desta quinta-feira, em Valparaíso. Horas antes da partida entre Peru e Venezuela, pela segunda rodada do Grupo C, torcedores peruanos de clubes rivais se enfrentaram ao redor do Estádio Elias Figueroa. Apesar da guerra de pedras e de ao menos um preso, ninguém ficou ferido.

Os peruanos são grande maioria em Valparaíso. E faziam uma animada festa perto de uma das entradas do estádio antes da confusão. Segundo testemunhas, a confusão ocorreu entre torcedores dos clubes Alianza Lima e Universitário. Na hora da briga, não havia carabinero (polícia militar do Chile) algum por perto. Os policiais chegaram logo depois e prenderam um torcedor - que saiu do local algemado - envolvido na confusão.

Pelo menos um torcedor saiu algemado pelos carabineros após a guerra de pedras (Foto: Edgard Maciel de Sá)

Pedras usadas na confusão ficaram jogadas pela rua. Não houve feridos na briga (Foto: Edgard Maciel de Sá)

BLINDADOS, PEDRAS, GALHOS E JATOS D'ÁGUA

Além da briga de pedras entre os torcedores, houve ainda um protesto. A 500 metros do estádio, manifestantes da Faculdade de Arquitetura enfrentaram o batalhão de choque da polícia militar chilena. Mascarados, ora jogavam pedras nos blindados de dentro do prédio, ora saíam para a rua e, em meio ao bloqueio feito por galhos, enfrentavam os jatos d'água e o avanço dos veículos com pedaços de paus. O protesto faz parte de uma reivindicação nacional liderada por professores pela melhoria da educação no país.

Em meio às duas confusões, Peru e Venezuela jogam às 20h30 pelo grupo do Brasil. Depois da vitória sobre a Colômbia na estreia, os venezuelanos tentam garantir a classificação para as quartas de final. Já os peruanos buscam os primeiros pontos na competição.

Manifestantes encapuzados enfrentam a polícia a 500 metros do estádio. Protesto por melhorias na educação chilena (Foto: Felipe Barbalho/GloboEsporte.com)