Torcedores promovem carreata e vigília durante as primeiras horas desta quarta-feira, na Sede de Lourdes, em comemoração ao aniversário do Atlético-MG
Parecia carnaval fora de época. E de fato era. Para o torcedor atleticano, a noite de terça-feira e a madrugada de quarta foram de festa. Os 107 anos do Clube Atlético Mineiro foram comemorados pela carreata, que já virou tradição, do Mineirão até a sede de Lourdes, onde os torcedores fizeram a vigília até meia-noite, quando todos cantaram o tradicional "parabéns".A festa foi exemplar. Tanto pelos frequentadores quanto pela organização, que passou por integrantes das torcidas organizadas, Polícia Militar, e os responsáveis pelo trânsito em Belo Horizonte. Várias famílias estiveram presentes. Crianças de seis meses sentiram o clima do que é ser atleticano. O pequenino Guilherme, com meio ano de vida, foi levado pela mãe à sede do clube, no bairro de Lourdes, onde a carreata teve fim, e não se incomodou com o barulho da bateria de uma das torcidas organizadas. O semblante do garotinho era tranquilo, com olhos vidrados pela novidade ao ver tanta gente.
A pequena Sophia, de quatro anos, ainda na concentração da
carreata, no entorno do Mineirão, era a atração por saber cantar todo o hino do
clube e ainda músicas de provocação ao rival Cruzeiro. Dona Ana Cândida, a "vovó do Galo" como é conhecida pelos
torcedores, também marcou presença, aos 94 anos, treze a menos do que o próprio
clube do coração. As gerações atleticanas estiveram presentes e fizeram uma
bonita festa durante todo o evento.
Com bateria e
trio elétrico, os torcedores se concentraram
em frente à sede administrativa do Atlético-MG, fechando as pistas da
avenida Olegário Maciel, na região centro-sul da capital mineira.
Cânticos em homenagem aos
ídolos do passado, aos jogadores atuais, ao ex-presidente Alexandre
Kalil, e ao
atual mandatário, Daniel Nepomuceno, foram exaustivamente declamados a
plenos
pulmõesaté a meia-noite quando, em contagem regressiva, foi feita a festa pela
virada do dia 25 de março, dia de fundação do clube.
A
tradicional "rua de fogo", bastante comum em jogos decisivos no estádio
Independência, se fez presente com centenas de
sinalizadores por toda a avenida, transformando o cenário em belas
paisagens. Até um galo de verdade, que se posicionou em uma das grades
do
prédio da sede, deu o ar da graça e observou toda a festa. A comemoração
varou o início da madrugada regada a muita batucada, música,
cerveja e fogos de artifícios. Ruim para os vizinhos e cruzeirenses que
moram
perto da sede do Atlético-MG.
- Ih, ih, ih, o cruzeirense eu quero ver você dormir –
cantavam os atleticanos até altas horas.
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