Em placar apertado, com três votos a dois, a 1ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol no Ceará pune o Tricolor por entrar na Justiça Comum
O Fortaleza foi punido, na tarde desta quinta-feira (26), por ter entrado na Justiça Comum, em 2002, no Caso David Madrigal. De acordo com o entendimento da Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol no Ceará (TJDF-CE), o Tricolor do Pici infringiu a lei por ainda ter instâncias desportivas a serem percorridas. Por três votos a dois, a 1ª Comissão Disciplinar decidiu pela exclusão do Leão da Série A do Campeonato Cearense, seu imediato rebaixamento e pela classificação automática do Icasa para a final do estadual.No entanto, a diretoria leonina pode ainda recorrer ao Pleno do TJDF-CE para reverter a situação negativa. Atualmente, o Fortaleza disputa, além do Cearense, a Copa do Brasil e a Copa do Nordeste. A partir de maio, o clube tem a Série C do Campeonato Brasileiro pela frente. O Tricolor do Pici terá três dias úteis para apresentar o recurso ao Pleno do TJDF-CE. No caso, até terça-feira (31). O Leão do Pici também terá de pagar multa de R$ 50 mil. O Fortaleza se classificou para as semifinais como segundo colocado, com 27 pontos, e enfrentaria o Icasa, nos dias 5 e 19 de abril. Na última quarta-feira, a equipe de Marcelo Chamusca venceu o Sport por 1 a 0 no primeiro duelo pela Copa do Nordeste. Neste domingo (29), terá o segundo duelo decisivo, na Ilha do Retiro, às 16 horas, lutando para avançar no Nordestão.
A Federação Cearense de Futebol (FCF) só será comunicada oficialmente da decisão nesta sexta-feira (27), quando a entidade decidirá o que deve ser feito com as semifinais marcadas entre Fortaleza e Icasa.
Ambiente tenso
Quando o quarto voto (que definiu pela punição ao Fortaleza) foi anunciado, o presidente do clube, Jorge Mota, e o advogado do clube, Marcello Desidério, levantaram-se de suas cadeiras e fizeram menção de ir embora. Mota, por sinal, chegou a jogar sua toga de advogado no chão diante da decisão da 1ª Comissão Disciplinar.
Nenhum dos dois quis falar com a Imprensa ao final do julgamento, que foi durou cerca de três horas.
Entenda o caso
Em 2002, o Ceará foi campeão estadual. O Fortaleza, no entanto, questionou o título alvinegro. O Leão do Pici alegou que o atacante costarriquenho David Madrigal tinha a situação de trabalho irregular no país e que, por isso, não poderia ter atuado. O Ceará se defendia apresentando o alvará expedido pela FCF dando condição de jogo ao atleta. O Fortaleza, então entrou na Justiça Comum, o que acabou gerando a denúncia da FCF, que alegou que o Tricolor do Pici não havia esgotado as instâncias da Justiça Desportiva.
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