Por irregularidades na contratação do brasileiro, Audiência Nacional solicita pena de dois anos e três meses para Josep Maria Bartomeu e mais de sete anos para Rosell
Horas depois de vencer o Real Madrid em clássico no Camp Nou, o Barcelona recebeu uma notícia que pode abalar suas estruturas políticas mais uma vez. A Audiência Nacional, tribunal espanhol que atua como Ministério Público, solicitou ao juiz Pablo Ruz a prisão do presidente do clube, Josep Maria Bartomeu, e do ex-mandatário, Sandro Rosell, pelas irregularidades encontradas na contratação de Neymar, em 2013 - as informações são da rádio catalã "Cadena SER". Enquanto isso, o craque não comentou o caso na chegada a Paris na apresentação da seleção brasileira para o amistoso contra a França, na quinta-feira, às 17h (de Brasília), mostrando apenas cansaço pela noite insone depois do triunfo de domingo.- Eu já não costumo dormir depois dos jogos, quando é clássico então, demora bem mais (risos).
O tribunal solicitou dois anos e três meses de detenção para Bartomeu, vice-presidente na época de Sandro Rosell, que renunciou ao cargo diante das polêmicas sobre a chegada do camisa 11. Para Rosell, a pena pedida pelo Ministério Público é de sete anos e três meses. A Audiência Nacional também solicita que o clube seja multado em € 33 milhões (R$ 115,3 milhões).
Bartomeu segue como alvo de processo que investiga contratação de Neymar
(Foto: EFE)
O
juiz Pablo Ruz vem conduzindo desde o ano passado um processo contra o
Barcelona, como pessoa jurídica, e Sandro Rosell, depois que a Audiência
Nacional acusou o clube de fraude fiscal na contratação de Neymar ao
Santos. No meio de 2014, Ruz adicionou Bartomeu entre os acusados após
tomar conhecimento de uma nova parcela paga ao brasileiro, sem o acerto
dos devidos impostos. Desde então, vem tentando recolher provas e
depoimentos para tomar sua decisão final. Rosell, Bartomeu e até mesmo o pai de Neymar já foram ouvidos no tribunal.O Ministério Público calcula que a fraude na compra do astro brasileiro gire em torno de € 13 milhões (R$ 45,4 milhões), que seriam de impostos não-pagos em cima de diferentes contratos "secretos", com Neymar e seu pai, de 2011 a 2013. A Audiência afirma que Rosell tentou disfarçar o alto custo do negócio com pagamentos divididos, tendo Bartomeu como cúmplice.
Em janeiro de 2014, logo depois de assumir a presidência, Josep Maria Bartomeu convocou uma entrevista coletiva para divulgar o contrato de Neymar e tentar esclarecer as divergências sobre o valor do jogador. Além dos € 57,1 milhões divulgados inicialmente por Sandro Rosell (€ 40 milhões pagos à empresa do pai do jogador e € 17,1 milhões pagos ao Santos), foram revelados valores de luvas, comissão de agentes, direitos de imagem e acordos com Santos, N&N, Instituto Neymar Jr., que dão um valor final de € 86,2 milhões. No mês seguinte, o Barça realizou um pagamento preventivo de € 13,5 milhões para evitar "possível divergência interpretativa.
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