Caso vença os andinos, Brasil pode se classificar em caso de triunfo argentino. Porém, se Uruguai também ganhar, conquista do Sul-Americano não será possível
A seleção brasileira sub-20 enfrentará uma situação curiosa nesta quarta-feira. Entrará em campo para enfrentar o Peru às 17h50 (de Brasília), no estádio Centenário, em Montevidéu, pela quarta rodada do hexagonal final do Sul-Americano, em busca de uma vitória contra o lanterna desta fase para apagar a derrota para a Argentina. Depois, terá de se dividir entre secar ou torcer para os hermanos contra o Paraguai: triunfo albiceleste combinado ao canarinho classifica o time de Alexandre Gallo para o Mundial com antecedência; sucesso guarani mantém acesa a frágil esperança pelo título, mas não garante a vaga para a Nova Zelândia, sede do torneio da Fifa. O SporTV transmite a partida do Brasil ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.
Em quarto lugar na competição, com quatro pontos, a seleção
está a três dos líderes Argentina e Uruguai – a Colômbia, que enfrenta a Celeste no último jogo, vem em terceiro lugar,
com cinco pontos, enquanto o Paraguai soma apenas um. Dentre as possibilidades
de combinações de resultados, o Brasil pode tanto garantir vaga no Mundial,
primeiro objetivo de Gallo, quanto ir para a rodada final com chances de
conquistar o Sul-Americano – para esta segunda alternativa, a única sequência
que não pode acontecer é uma jornada com brasileiros, argentinos e uruguaios
vencedores.
Alexandre Gallo durante treino da seleção brasileira sub-20 (Foto: Felipe Schmidt)
Mas nada disso importa se o Brasil não vencer o Peru. Os
jogadores sabem disso, e bateram nesta tecla nas entrevistas coletivas na
véspera do duelo. O atacante Yuri Mamute, que volta a ficar à disposição de
Gallo após cumprir suspensão contra a Argentina, resumiu o pensamento do grupo:
- Para nós será um jogo muito importante, pois o campeonato
não está definido. Temos que entrar e dar nosso melhor. Meu foco é no Peru. O
que vai acontecer depois não interessa. Nosso foco é entrar e ganhar – disse o jogador.
Para o zagueiro Leo Pereira, outro que retorna de suspensão,
o importante é entrar concentrado e esquecer o fato de o Peru ser o único time
que não conseguiu somar pontos nas três primeiras rodadas do hexagonal.
- O Peru não tem feito bons jogos, mas tem que uma atenção a
mais, sempre respeitando a equipe deles. A gente deu um vacilo contra a
Argentina, acabamos perdendo, mas o campeonato ainda não está definido. A gente
pode, sim, brigar pelo título ainda. Esses dois jogos serão importantes para
fazer boas atuações e, se Deus quiser, buscar a classificação.
Yuri Mamute quer se concentrar na seleção, em vez de pensar nos outros jogos
(Foto: Felipe Schmidt)
Para a partida, a equipe pode ter o desfalque do capitão
Marlon. O zagueiro fraturou o nariz no jogo contra a Argentina e foi poupado do
treino de terça-feira, por ainda sentir dor no local. Em sua ausência, Nathan
Cardoso, titular no clássico, Leo Pereira e Eduardo disputam duas vagas.
A possível ausência de Marlon, porém, não diminui a
responsabilidade da seleção. Yuri Mamute deixou isso claro na coletiva: o
mínimo que a equipe busca no torneio é a vaga no Mundial, que começa em maio,
na Nova Zelândia.
- Não digo que seja pressão. É o nosso dever. Devemos isso
porque o símbolo do Brasil é muito grande. Devemos dar o título à seleção
brasileira. Se não vier, pelo menos temos que buscar a classificação para o
Mundial.
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