Expectativa inicial da direção gremista era de que a negociação estivesse concluída definitivamente até o início de 2015
Compra da Arena está temporariamente (Foto: Diego Guichard/GloboEsporte.com)
As definições sobre a compra da gestão da Arena do Grêmio
junto a OAS deverão demorar mais do que o esperado. Como a empreiteira está sob
investigação na Operação Lava Jato da Polícia Federal, as negociações foram
temporariamente suspensas.
- É normal que essas negociações fiquem em stand by neste
momento. Ainda não nos passaram nada em relação a como vai se desenvolver, se
vai ser suspensa ou retomada – disse uma fonte ligada à direção do Grêmio ao GloboEsporte.com.
Entre Grêmio e OAS já estava tudo acertado e alinhavado para
a compra da Arena. Ficou estipulado que o clube pagará
R$ 360 milhões, divididos em parcelas mensais durante 20 anos, além de entregar
o Olímpico, avaliado em R$ 170 milhões.
Na diretoria do Grêmio havia a certeza que o clube
poderia assinar a negociação ainda neste ano. Para que isso acontecesse,
bastaria que a OAS apresentasse as garantias ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para desonerar o terreno da Arena e,
com isso, efetivar a troca de chaves com o Olímpico.
- Não há como avançar neste momento. O advogado
que capitaneou a negociação da OAS está preso. Só se ele repassar para outra
pessoa da empresa encaminhar o negócio – explica outra fonte ligada a negociação.
O executivo da empresa que comandava as negociações
com o Grêmio é José Ricardo Nogueira Breghiroll, preso no dia 14 de
novembro.
A expectativa inicial da direção gremista era
de que a negociação estivesse concluída definitivamente até o início de 2015.
Os conselheiros do Grêmio deveriam ter votado o contrato em 17 de novembro. A
pedido da direção, no entanto, a reunião foi suspensa e não tem nova data
prevista.
Imbróglio com a OAS
Na
OAS, foram presos preventivamente José Ricardo Nogueira Breghirolli,
funcionário da empresa em São Paulo, e Agenor Franklin Magalhães Medeiros,
diretor-presidente da Área Internacional da OAS. A prisão preventiva, decretada
para que o suspeito não volte a cometer o crime ou não atrapalhe nas
investigações, não tem prazo para acabar.
No caso da prisão temporária, que tem prazo máximo de dez dias, foram presos o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da companhia em São Paulo, e Alexandre Portela Barbosa, advogado da empreiteira.
A Operação Lava Jato
A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
Nove empreiteiras são investigadas pela suspeita de formação de cartel para licitações e desvio de dinheiro para corrupção de agentes públicos.
Apenas essas empresas, têm contratos com a estatal que somam R$ 59 bilhões. Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, 25 pessoas foram presas pela Polícia Federal durante a sétima e mais recente etapa da operação. Desse total, 11 investigados foram liberados.
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