quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Advogados de Adriano: atleta é vítima e há exagero em acusação de tráfico

Ex-jogador da Seleção é acusado de comprar conscientemente moto para traficante, em 2007. Defesa alega que atleta foi enganado, e assinatura dele teria sido falsificada

Denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro nesta terça-feira por tráfico de drogas e associação ao tráfico, o atacante Adriano se defendeu da acusação. Na tarde desta quarta, a assessoria de imprensa do jogador divulgou nota dos advogados do centroavante, Raphael Mattos e Ary Bergher. A dupla defende Adriano da acusação de ter comprado uma moto para traficantes, alegando que ele foi vítima no caso. Além disso, os advogados garantem que o ex-atleta da seleção brasileira não foi indiciado e afirmam haver "claro excesso acusatório".
Segundo a defesa de Adriano, o jogador foi vítima no episódio, uma vez que sua moto teria sido vendida sem o consentimento do Imperador e por meio de uma assinatura falsificada do atleta.
- O senhor Adriano foi vítima, em razão da venda da moto que lhe pertencia, por terceira pessoa, sem sua autorização ou consentimento e com o uso de sua assinatura falsificada. Fato inclusive registrado pelo mesmo, junto à delegacia de polícia e apresentado para as autoridade competentes.
Quanto ao pedido do MP para que o passaporte de Adriano seja retido, uma vez que existe a possibilidade dele deixar o país, a defesa considera um "pleito descabido", "que busca violar seu direito constitucional ao trabalho". No momento, Adriano está em negociações avançadas com o Le Havre, da Segunda Divisão francesa. Ele retornou ao Brasil nesta terça-feira. 
adriano imperador frança (Foto: Claudia Garcia) 
Denunciado por associação ao tráfico de drogas,
 Adriano está em negociação avançada com clube francês da 2ª Divisão
(Foto: Claudia Garcia)

O MP se baseou em investigação da polícia que diz que Adriano comprou uma moto para um traficante da Vila Cruzeiro, comunidade onde o atacante foi criado. Segundo a denúncia, o jogador, junto com o amigo Marcos José de Oliveira, possibilitou que o bem fosse utilizado para o tráfico ilícito de drogas. A moto comprada por Adriano, em 2007, foi colocada no nome da mãe do traficante Paulo Rogério de Souza Paz, o “Mica”, que seria seu amigo (clique aqui e relembre o caso).
Confira a nota na íntegra
Na qualidade de advogados do senhor Adriano Leite Ribeiro, em razão das últimas notícias vinculadas pela imprensa, esclarecemos que trata-se de fatos ocorridos em 2008, sendo certo que a denúncia oferecida pelo Ministério Público não encontra qualquer respaldo legal/probatório, no inquérito policial. O certo é que o senhor Adriano não foi indiciado na mencionada investigação, havendo claro excesso acusatório.
Neste mesmo episódio, o senhor Adriano foi vítima, em razão da venda da moto que lhe pertencia, por terceira pessoa, sem sua autorização ou consentimento e com o uso de sua assinatura falsificada. Fato inclusive registrado pelo mesmo, junto à delegacia de polícia e apresentado para as autoridade competentes.
Quanto ao pedido de apreensão do passaporte. Trata-se de pleito descabido, sem qualquer fundamento idôneo e que busca violar seu direito constitucional ao trabalho.
A Defesa confia na Justiça, de forma a acreditar que esta acusação será rejeitada de plano. 
Rio de Janeiro, 5 de novembro de 2014
Raphael Mattos e Ary Bergher, advogados.

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