Integrantes da Máfia Azul, Pavilhão Independente e Galoucura estão, por seis meses, banidos de entrar para ver jogos no país inteiro usando objetos que as identifiquem
Sinalizadores foram acesos e bombas arremessadas durante o jogo (Foto: Rafael Araújo)
Integrantes
de três torcidas organizadas, uma do Atlético-MG e duas do Cruzeiro,
estão proibidos de frequentar os estádios brasileiros durante seis meses
com qualquer roupa ou objeto que as identifique. Torcedores que fazem
parte da Galoucura, da Máfia Azul e da Pavilhão Independente não poderão
circular em um raio de cinco quilômetros de qualquer estádio
brasileiro, em dias e horários de
partidas, durante seis meses, "portando ou exibindo qualquer vestimenta,
faixa, bandeira, instrumento musical ou qualquer objeto que possa
caracterizar a presença da torcida nos estádios ou seus respectivos
entornos nos dias de jogos".
Além do período determinado, a punição vale
pelos próximos cinco clássicos.
A medida, que começa a
valer a partir do próximo dia 3 de outubro, foi tomada pelo promotor de
defesa do consumidor do Ministério Público e coordenador
do Procon estadual, Fernando Abreu, que analisou documentos e imagens por ele solicitados após as confusões ocorridas no clássico entre os rivais no último dia 21 de setembro.
De acordo com a assessoria de imprensa da Federação Mineira de Futebol (FMF), trata-se de uma medida
preventiva, e as organizadas podem recorrer.
Reprodução de parte do termo de audiência divulgado pelo MPde MG (Foto: Reprodução )
No
termo de audiência divulgado pelo Ministério Público de Minas Gerais, o
promotor cita o descumprimento de um acordo feito entre a Galoucura e a
Polícia Militar e mudaram a rota de entrada no Mineirão, preferindo
provocar a rival Pavilhão Independente. Foram encontrados, com
torcedores da citada torcida atleticana, rojões, bombas conhecidas como
garrafão e armas brancas chamadas de soco inglês.
Com
relação à torcida Pavilhão Independente, a polícia abordou um
integrante que queimava um rojão na rua e que continuou mesmo depois de
ser advertido. Dentro do estádio, vários integrantes da mesma torcida
tentaram invadir a área destinada à Galoucura "com arremesso de cadeiras
depredadas".
Já sobre a Máfia Azul, foram relatadas
brigas na sub-sede da torcida, onde "um integrante foi preso com quatro
artefatos explosivos unidos por fita adesiva a pregos, evidenciando o
alto potencial ofensivo".
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