quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Palmeiras praticamente desistiu de renovar com Wesley, na mira do SP



Wesley





Ronaldo disputa bola com Wesley na derrota do Corinthians para o Santos Almeida Rocha/Folha Imagem


O Palmeiras praticamente desistiu de renovar com Wesley, que está livre desde o último dia 27 para assinar pré-contrato com outro clube. O volante recebeu proposta do rival São Paulo, e dirigentes e conselheiros alviverdes, embora não tenham uma confirmação, consideram quase certo que o destino do jogador será o Morumbi.
Falando a conselheiros e membros do Conselho de Orientação e Fiscalização do Palmeiras (COF), Nobre mostrou frustração – disse que a última proposta de renovação foi feita com um prazo para resposta, que vencia antes que o meio campista ficasse livre para negociar com outro clube, mas não teve resposta. Por isso, vê com muita dificuldade o acordo.
O interesse do Palmeiras em manter Wesley é enorme, e vai muito além da questão técnica – ele não vem rendendo o esperado dentro de campo. Sua saída de graça causaria aos cofres do alviverde um prejuízo de R$ 21 milhões. Por isso, o clube até contrariou sua própria política financeira de austeridade, a atendeu à pedida salarial do volante, superior a R$ 300 mil mensais na última proposta não respondida.
A operação que trouxe Wesley do Werder Bremen, ainda na gestão de Arnaldo Tirone, teve como garantidor o presidente do Criciúma, Antenor Angeloni. Como os valores não foram pagos, Angeloni já entrou na justiça cobrando os R$ 21 milhões do Palmeiras; em um primeiro momento, conseguiu congelar as receitas de TV do clube, que reverteu a decisão. Dificilmente, porém, escapará de pagar a dívida.
O prejuízo milionário frustra todos no clube, mas até oposicionistas, em contato com a reportagem, admitem que não há como forçar a renovação, ou mesmo uma venda, com menos de seis meses restando no contrato. O ônus político da situação é atribuído muito mais ao ex-presidente Arnaldo Tirone do que a Paulo Nobre.
Wesley recebeu ainda outras sondagens. Isso porque ele está há cinco meses tentando um acordo com os palmeirenses. O que o irritou o atleta em abril foi o fato de ele ter sido colocado à venda pela diretoria alviverde por meio de uma procuração a outro empresário que não Hugo Garcia, que é seu representante oficial.
Na época, o jogador se incomodava um pouco com o fato de ter de se enquadrar na política financeira e ter um contrato de produtividade, mas a flexibilização nas negociações abrandou a insatisfação.
O São Paulo não admite publicamente nenhum tipo de acordo com Wesley. No momento, o volante está lesionado, e ainda precisará de algumas semanas para estar à disposição de Dorival Júnior, novo técnico alviverde.

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