quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Alívio e otimismo: Sacoman mostra fé para superar problema no coração

Com hipertrofia no coração, zagueiro da Ponte Preta projeta retorno aos gramados após três meses de tratamento e diz que o mais importante é que a saúde está boa

 
"Vou encarar como se fosse uma lesão no púbis". É com o pensamento positivo que o zagueiro Diego Sacoman enfrenta o problema no coração que o deixará afastado por pelo menos três meses do futebol. Aliviado após encontrar um diagnóstico que o permite sonhar com a retomada da carreira, ele se apega à fé e ao apoio da família para superar o momento delicado. No início de setembro, exames no Atlético-PR, para onde Sacoman iria se transferir, detectaram uma hipertrofia (clique aqui e entenda o caso). Agora, depois de já ter amadurecido a situação na sua cabeça, o jogador mostra serenidade, tranquilidade e acima otimismo em relação ao futuro.
- Chegaram a cogitar o fim da carreira, mas ninguém afirmou. Falaram que tinha uma alteração e que era melhor investigar, se aprofundar, pois coração não dá para brincar. Mas depois de realizar novos exames, vi que não era nada disso. Posso continuar minha vida tranquilamente. Houve casos semelhantes e os jogadores estão jogando. Agora é procurar repousar o máximo possível para daqui a 90 dias estar voltando a jogar futebol, correr, brincar. Tudo o que eu gosto. Estou bem. Quero deixar claro que não é nada grave. 
Diego Sacoman, zagueiro da Ponte Preta (Foto: Carlos Velardi/ EPTV) 
Após susto, Sacoman encontra motivos para sorrir: "Estou bem, vai dar tudo certo" 
(Foto: Carlos Velardi/ EPTV)

Durante o tratamento, que se resume a repouso, repouso e repouso, Sacoman vai ficar na casa dos pais, em Guarulhos, onde cresceu. Estar ao lado das pessoas que dividiram os momentos de angústia com ele representa uma força a mais para não desistir. Depois de ser reprovado no Atlético-PR, Diego Sacoman buscou especialistas até conseguir um diagnóstico que lhe desse esperança e confia que Deus reservou boas coisas para ele daqui para a frente. 
 Quando me falaram que não era nada grave, eu fiquei mais tranquilo. Foi o que me trouxe a paz. O futebol vai passar daqui a pouco. A carreira é curta. Mas conviver com alguma coisa grave no coração, me preocupava, me incomodava
Diego Sacoman, zagueiro da Ponte
- Quando me falaram que não era nada grave, eu fiquei mais tranquilo. Foi o que me trouxe a paz. O futebol vai passar daqui a pouco. A carreira é curta. Mas conviver com alguma coisa grave no coração, me preocupava, me incomodava. Sou muito apegado a Deus, então sempre orei bastante, pedi a ele que me ajudasse. E quando apareceu a resposta positiva, fiquei aliviado. Agora, vou tratar como se fosse uma lesão de púbis, que me tirou dos campos por dois meses, de joelho.
Enquanto se recupera, Diego Sacoman tenta enxergar o lado positivo de ficar em casa. Para ele, é o momento de aproveitar a família e uma rotina que a vida de jogador profissional o afastou.
- É ficar em casa, de repouso. Nada de atividade física. Vou aproveitar para passear com a minha família, que é a minha base, poder aproveitar o tempo que a rotina de jogador não deixa. Ficar mais em casa, jogar vídeo game, ficar com a esposa, meus pais, a cachorra, porque daqui a três meses já posso voltar a jogar - disse, reforçando a intenção de retornar em breve aos gramados.
Se sentir queridos pelas pessoas também foi outro ponto que fez Sacoman encontrar forças para superar o baque inicial.

- Foi um momento delicado, que envolvia muitas coisas. Por mais que me tranquilizavam, que na pior das hipóteses eu só pararia de jogar bola, muitas coisas vinham na minha cabeça. Mas foi bom saber que eu tinha muitas pessoas do meu lado que eu poderia contar. Primeiramente, agradeceu a Deus. Depois, minha família, que ficou comigo, chorou comigo e se alegrou comigo. O Júlio César, goleiro do Náutico (eles jogaram juntos no Corinthians) foi muito irmão também. Tiveram muitas pessoas que me ajudara com palavras, ligações. Tudo isso me deixou contente.

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