Com hipertrofia no coração, zagueiro da Ponte Preta projeta retorno aos gramados após três meses de tratamento e diz que o mais importante é que a saúde está boa
- Chegaram a cogitar o fim da carreira, mas ninguém afirmou. Falaram que tinha uma alteração e que era melhor investigar, se aprofundar, pois coração não dá para brincar. Mas depois de realizar novos exames, vi que não era nada disso. Posso continuar minha vida tranquilamente. Houve casos semelhantes e os jogadores estão jogando. Agora é procurar repousar o máximo possível para daqui a 90 dias estar voltando a jogar futebol, correr, brincar. Tudo o que eu gosto. Estou bem. Quero deixar claro que não é nada grave.
Após susto, Sacoman encontra motivos para sorrir: "Estou bem, vai dar tudo certo"
(Foto: Carlos Velardi/ EPTV)
Durante o tratamento, que se resume a repouso, repouso e repouso, Sacoman vai ficar na casa dos pais, em Guarulhos, onde cresceu. Estar ao lado das pessoas que dividiram os momentos de angústia com ele representa uma força a mais para não desistir. Depois de ser reprovado no Atlético-PR, Diego Sacoman buscou especialistas até conseguir um diagnóstico que lhe desse esperança e confia que Deus reservou boas coisas para ele daqui para a frente.
Quando me falaram que não era nada grave, eu fiquei mais tranquilo. Foi o
que me trouxe a paz. O futebol vai passar daqui a pouco. A carreira é
curta. Mas conviver com alguma coisa grave no coração, me preocupava, me
incomodava
Diego Sacoman, zagueiro da Ponte
Enquanto se recupera, Diego Sacoman tenta enxergar o lado positivo de ficar em casa. Para ele, é o momento de aproveitar a família e uma rotina que a vida de jogador profissional o afastou.
- É ficar em casa, de repouso. Nada de atividade física. Vou aproveitar para passear com a minha família, que é a minha base, poder aproveitar o tempo que a rotina de jogador não deixa. Ficar mais em casa, jogar vídeo game, ficar com a esposa, meus pais, a cachorra, porque daqui a três meses já posso voltar a jogar - disse, reforçando a intenção de retornar em breve aos gramados.
Se sentir queridos pelas pessoas também foi outro ponto que fez Sacoman encontrar forças para superar o baque inicial.
- Foi um momento delicado, que envolvia muitas coisas. Por mais que me tranquilizavam, que na pior das hipóteses eu só pararia de jogar bola, muitas coisas vinham na minha cabeça. Mas foi bom saber que eu tinha muitas pessoas do meu lado que eu poderia contar. Primeiramente, agradeceu a Deus. Depois, minha família, que ficou comigo, chorou comigo e se alegrou comigo. O Júlio César, goleiro do Náutico (eles jogaram juntos no Corinthians) foi muito irmão também. Tiveram muitas pessoas que me ajudara com palavras, ligações. Tudo isso me deixou contente.
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