As pessoas que dependem do
atendimento público de saúde em Feira de Santana, principalmente, que
não sejam politraumatizados (vítimas de tiros, facadas e acidentes de
veículos) estão enfrentando dificuldades para serem internadas no
Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). A situação se agravou desde o
dia 28 de fevereiro, depois que foram demitidos 106 profissionais de
saúde, que trabalhavam pela prefeitura e eram pagos pelo Estado.
De sábado (1º) até esta quinta-feira (6) pelo menos duas pessoas já morreram por não conseguirem atendimento adequado entre o Clériston Andrade e policlínicas da cidade. O caso grave aconteceu no último domingo, quando um paciente com AVC (Acidente Vascular Cerebral) ficou esperando por cerca de três horas dentro de uma ambulância do Samu, até conseguir o internamento no Clériston Andrade. No dia seguinte o paciente morreu.
Hoje pela manhã, uma paciente, também com AVC, não conseguiu ser internada no Clériston e foi levada para a policlínica do Tomba, onde morreu momentos depois. O gerente da policlínica, José Pires Leal, disse que tenta regular os pacientes para o Clériston Andrade e não consegue porque não há vagas. Ele acredita que se o Clérisnton Andrade mantiver a posição de só atender pacientes politraumatizados, pode haver mais mortes e ressaltou que o prazo de permanência de um pacinete na policlínica é de 12 horas.
Na policlínica do Tomba existem três pacientes com AVC aguardando transferência para o Clériston Andrade. Um deles, Edvaldo Ferreira Santos, 66 anos. Segundo a filha, Elizete Vilas Boas, a direção da policlínica já enviou 10 cópias de fax, mas o hospital não dá resposta. Ela afirma que o pai pode morrer a qualquer momento.
O diretor do Clériston Andrade, José Carlos Pitangueira, confirma que o hospital é para atender apenas pacientes politraumatizados e não tem como receber pacientes com AVC para internamento, mas que pode ajudar com algum tipo de exame, a exemplo de uma tomografia computadorizada. Porém, segundo ele, depois o paciente tem que ser devolvido para a policlínica ou para a família.
Pitangueira não só confirmou a informação de que o hospital não dispõe de vagas, como levou a equipe do Acorda Cidade até a chamada Sala Vermelha, onde constatou-se que está lotada. “Somos um hospital para pacientes politraumatizados. Se chegar alguém com um tiro, uma facada, não tem jeito, temos que botar pra dentro e atender”, afirmou. Ele disse ainda que não dispõe de nenhum ponto de oxigênio na Sala Vermelha para colocar pacientes.
O diretor apresentou duas soluções: a construção de um hospital com 150 leitos, através do SUS (Sistema Único de Saúde), ou a prefeitura contratar os serviços da Casa de Saúde Santana ou do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), que deveria, segundo ele, estar em condições de atender os pacientes não politraumatizados. “O Hospital Dom Pedro é bonito. Antigamente fazia tudo. Por que parou de fazer?”, questionou. Ele acrescentou que o Clériston sozinho não vai resolver a situação da saúde em Feira de Santana.
Pacientes infartados
No caso de pacientes que sofrerem infartos, o diretor não recomenda que os levem para o Clériston Andrade e sim para a Unicárdio, que funciona nas dependências da Santa Casa de Misericórdia. “Essa é uma das melhores clínicas de cardiologia do interior da Bahia e atende pelo SUS. A policlínica ou a unidade de saúde que receber esse paciente deve indicá-lo para esse local e não para o Clériston.
Em outra situação, que também é de emergência, no caso de uma apendicite, o paciente vai ser regulado por uma unidade de saúde e se tiver vaga, como é um caso de cirurgia, o Hospital Clériston Andrade vai atender e internar.
Numa avaliação geral verificada pela reportagem do Acorda Cidade a situação é gravíssima. As pessoas não têm capacidade técnica nem conhecimento para avaliar o grau de risco de morte de alguém que esteja precisando de um atendimento de emergência nos casos que não são de um politraumatismo. Isso significa que mais pessoas podem morrer pela falta de estrutura da saúde pública em Feira de Santana.
Acorda Cidade
De sábado (1º) até esta quinta-feira (6) pelo menos duas pessoas já morreram por não conseguirem atendimento adequado entre o Clériston Andrade e policlínicas da cidade. O caso grave aconteceu no último domingo, quando um paciente com AVC (Acidente Vascular Cerebral) ficou esperando por cerca de três horas dentro de uma ambulância do Samu, até conseguir o internamento no Clériston Andrade. No dia seguinte o paciente morreu.
Hoje pela manhã, uma paciente, também com AVC, não conseguiu ser internada no Clériston e foi levada para a policlínica do Tomba, onde morreu momentos depois. O gerente da policlínica, José Pires Leal, disse que tenta regular os pacientes para o Clériston Andrade e não consegue porque não há vagas. Ele acredita que se o Clérisnton Andrade mantiver a posição de só atender pacientes politraumatizados, pode haver mais mortes e ressaltou que o prazo de permanência de um pacinete na policlínica é de 12 horas.
Na policlínica do Tomba existem três pacientes com AVC aguardando transferência para o Clériston Andrade. Um deles, Edvaldo Ferreira Santos, 66 anos. Segundo a filha, Elizete Vilas Boas, a direção da policlínica já enviou 10 cópias de fax, mas o hospital não dá resposta. Ela afirma que o pai pode morrer a qualquer momento.
O diretor do Clériston Andrade, José Carlos Pitangueira, confirma que o hospital é para atender apenas pacientes politraumatizados e não tem como receber pacientes com AVC para internamento, mas que pode ajudar com algum tipo de exame, a exemplo de uma tomografia computadorizada. Porém, segundo ele, depois o paciente tem que ser devolvido para a policlínica ou para a família.
Pitangueira não só confirmou a informação de que o hospital não dispõe de vagas, como levou a equipe do Acorda Cidade até a chamada Sala Vermelha, onde constatou-se que está lotada. “Somos um hospital para pacientes politraumatizados. Se chegar alguém com um tiro, uma facada, não tem jeito, temos que botar pra dentro e atender”, afirmou. Ele disse ainda que não dispõe de nenhum ponto de oxigênio na Sala Vermelha para colocar pacientes.
O diretor apresentou duas soluções: a construção de um hospital com 150 leitos, através do SUS (Sistema Único de Saúde), ou a prefeitura contratar os serviços da Casa de Saúde Santana ou do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), que deveria, segundo ele, estar em condições de atender os pacientes não politraumatizados. “O Hospital Dom Pedro é bonito. Antigamente fazia tudo. Por que parou de fazer?”, questionou. Ele acrescentou que o Clériston sozinho não vai resolver a situação da saúde em Feira de Santana.
Pacientes infartados
No caso de pacientes que sofrerem infartos, o diretor não recomenda que os levem para o Clériston Andrade e sim para a Unicárdio, que funciona nas dependências da Santa Casa de Misericórdia. “Essa é uma das melhores clínicas de cardiologia do interior da Bahia e atende pelo SUS. A policlínica ou a unidade de saúde que receber esse paciente deve indicá-lo para esse local e não para o Clériston.
Em outra situação, que também é de emergência, no caso de uma apendicite, o paciente vai ser regulado por uma unidade de saúde e se tiver vaga, como é um caso de cirurgia, o Hospital Clériston Andrade vai atender e internar.
Numa avaliação geral verificada pela reportagem do Acorda Cidade a situação é gravíssima. As pessoas não têm capacidade técnica nem conhecimento para avaliar o grau de risco de morte de alguém que esteja precisando de um atendimento de emergência nos casos que não são de um politraumatismo. Isso significa que mais pessoas podem morrer pela falta de estrutura da saúde pública em Feira de Santana.
Acorda Cidade
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