O Juiz Waldir
Viana Ribeiro Júnior, da Vara da Infância e Juventude de Feira de
Santana, mandou soltar 24 adolescentes infratores acusados de assaltos,
outros tipos de roubo e venda de drogas. Eles aguardavam julgamento nas
duas comunidades de atendimento ao menor infrator do município, mas a
falta de servidores na Vara obrigou o magistrado à determinar a soltura,
conforme determina a lei.
Waldir Viana
Ribeiro Júnior disse que a tendência é liberar mais jovens. "Enquanto
permanecer a carência de servidores, a tendência é que os excessos de
prazos vão se repetindo e que os adolescentes sejam postos em liberdade
como manda a lei", argumenta.
No Centro de
Atendimento Socioeducativo (Case) Juiz de Melo Matos, já foram cumpridos
seis dos alvarás. Dois deles eram de adolescentes que estavam em
Internamento Provisório, cujo prazo máximo de internação era de 45 dias
para conclusão do processo. Os demais estavam em situação de Pronto
Atendimento, aqueles que já haviam sido ouvidos pelo Ministério Público e
aguardavam o processo.
De acordo com o
diretor da instituição, Ednei Ferreira, há 26 menores na Internação
Provisória que deverão ser soltos nos próximos dias, e ainda, quatro em
Pronto Atendimento. Atualmente, a instituição abriga 92 internos, com
capacidade para 76. Apesar do excesso, o diretor afirma que não a
situação não preocupa, já que o número de funcionários é satisfatório.
Retorno às ruas
Segundo o juiz
Waldir Júnior, dos 11 servidores que trabalhavam na Vara da Infância e
Juventude, sete foram transferidos. Faltam também psicólogos,
assistentes sociais e pedagogos para acompanhar 230 internos nas
instituições.
O Tribunal de
Justiça da Bahia (TJ-BA) informou, nesta terça-feira (5), que já foi
pedida transferência de servidores de outros municípios baianos para
atuar em Feira de Santana. O órgão informou ainda que há um banco de
dados onde os juízes podem solicitar os profissionais. O TJ sugeriu
também a realização de mutirões para dar andamento a esses processos.
Com informações do G1 Bahia.
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