Moradores
da Rua Elói Cardoso dos Santos, no bairro Duda Macário, ficaram
assustados com o assassinato de Wagner Nascimento Moura, mais conhecido
como “Coral”, fato acontecido por volta das 19h30, desta terça-feira,
16.
O
crime tem característica de execução, pois foram disparados cinco tiros
a curta distância, que pelas perfurações pode ter sido deflagrados de
um revólver calibre 38, segundo informações de um experiente policial
civil que se encontrava no local e compunha a equipe de agentes e
peritos criminalísticos do DPT local, comandada pelo bel. Paulo Jason
Falcão, delegado titular da 1ª DT da 25ª Coorpin.
Um
morador do bairro revelou para o repórter José Dílson Pinheiro do site
euclidesdacunha.com, - único veículo de comunicação da cidade a chegar
ao local do crime e presenciar o trabalho dos peritos criminalísticos
Ronaldo Menezes e Rafael, ambos do DTP local, que dois elementos em uma
motocicleta foram os autores do crime, que fugiram e não foram
identificados.
“Coral”
transitava pela rua do bairro onde mora e foi abordado quando se
encontrava ao lado de um ônibus que se encontrava estacionado em um
terreno. O coletivo também foi alvejado e a bala perfurou a lataria.
Provavelmente,
pelo projétil que transfixou a cabeça (testa) da vítima, já que os
outros quatro projéteis ficaram alojados no tórax (02), barriga (01) um
pouco acima da virilha direita e outro no braço direito que transfixou e
saiu perto do cotovelo, num movimento típico de defesa da vítima na
tentativa de se proteger dos disparos.
Wagner
teve morte instantânea e o corpo ficou caído sobre uma grande poça de
sangue. Na mochila que carregava nas costas, os peritos encontraram o
livro ‘O Gigante Verdadeiro Capa de Aço’ de São Cipriano; um tubo de
flandres contendo pedaços de papel, uma peça de suspensão de automóvel e
um saquinho de plástico que, a princípio suspeitou-se tratar-se de
droga, mas depois de examinado o conteúdo não passava de milho alpiste
para alimentar passarinhos que a vítima criava em gaiolas.
Wagner
usava cabelo estilo rastafári, muito comum aos fãs de Bob Marley. Os
objetos encontrados na mochila que transportava são evidências de que a
vítima passava por algum tipo de perturbação psicológica causada pelo
uso de drogas e que São Cipriano, um santo que pessoas erradamente
associam à feitiçaria e mandingas e é taxado como santo do mal, talvez
lhe protegesse dos inimigos que arranjara no submundo em que vivia.
“Coral”
teve várias passagens registradas na 1ª Delegacia Territorial de
Polícia de Euclides da Cunha, por prática de furto e envolvimento com
drogas. A última vez que esteve preso faz mais ou menos quatro anos.
E,
drogas, talvez tenha sido o motivo que o levou a ser executado, pois é
uma modalidade de assassinato muito comum praticado por traficantes
contra aqueles que compram e não pagam pela droga adquirida. “Pagar com a
vida e de forma cruel é a lei do tráfico aplicada a quem compra droga e
não paga”.
Parentes
da vítima revelaram que ultimamente ele havia deixado de ser usuário e
até teria sido convidado por um pastor evangélico para frequentar a
Igreja que dirige com a finalidade de resgatá-lo das drogas.
Dezenas
de curiosos acompanharam o levantamento cadavérico e foi necessária uma
guarnição do CETO do 5º BPM, para isolar o local e evitar a aproximação
das pessoas, inclusive crianças, que queriam ver de perto o corpo que,
ao término do levantamento cadavérico foi conduzido numa viatura
(rabecão) para o IML local, onde passará por necropsia e posteriormente
será liberado aos familiares para sepultamento. A mãe da vítima se
encontra atualmente em São Paulo.
Fonte : Euclides da cunha.com
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