Arimatéia foi à cidade após o vereador de Ouriçangas Paulo Sérgio de Souza protocolar denúncia junto ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra a empresa Servicom. Porém, durante sua visita ao local, nesta sexta-feira, 20, o pastor José de Arimatéia percebeu que não é oferecida a mínima condição para a sobrevivência dos jericos e cavalos apreendidos. A Fazenda está localizada às margens da rodovia BA-504.
“Vi a situação de perto e confirmei o que foi alertado. Presenciei um animal já morto e outros dois agonizando. Uma lastima”, contou. Segundo o deputado, é perceptível o descaso com que os equinos são tratados. “Não é oferecida uma quantidade mínima de água e alimentos para a sobrevivência dos animais”, informou. O deputado notou ainda que a empresa não utiliza nenhum meio para alertar as pessoas sobre a localização da fazenda onde os 200 animais são depositados.
“É necessário uma placa ou outra forma de anuncio, onde as pessoas possam identificar o local. Sem isso fica difícil o dono vir resgatar o seu jegue ou cavalo”, analisou.
Comunidade
Inúmeras pessoas fizeram questão de vir até o deputado para dar o seu testemunho sobre a situação. A dona de casa Valdite Pereira é moradora das proximidades da Fazenda onde ficam os animais e disse que o odor é tão insuportável que muitas vezes as crianças passam mal. “O mau cheiro é tão forte que provoca vômito nas crianças”, denuncia. Valdite alerta para a proximidade da Escola Ezequiel Alves dos Santos do local onde estão os cadáveres dos cavalos. “As crianças são as mais prejudicadas”, declarou.
O morador Edson Nere dos Santos também deu o seu depoimento sobre a precária situação dos eqüinos apreendidos pela Servicom. “Os jegues morrem todos os dias e são enterrados por aqui mesmo. Nós temos que enfrentar além do mau cheiro, os urubus e todas as pragas que essa situação acarreta”. Já Erenilson Jesus Santos, que mora em frente à Fazenda, afirmou que sua família tem muita dificuldade para dormir devido ao cheiro ruim.
O MP-BA encaminhou o caso à Promotoria de Justiça do município vizinho de Irará. A entrevista denunciando o fato foi concedida ao repórter Denivaldo Costa da rádio Subaé.
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