quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Assalto em residência cria clima de tensão no Condomínio Encontro das Águas


Um assalto a uma residência de um dos condomínios mais luxuosos da Bahia deixou os moradores locais em alerta máximo para a insegurança em que vivem, embora todo o acontecimento tenha ficado sem registro policial, ou publicação na imprensa até agora. O local em questão, é o Encontro das Águas, na Estada do Coco, em Lauro de Freitas. O fato aconteceu no dia 23 de novembro do ano passado e foi relatado por um morador anônimo, que enviou a cópia de duas correspondências trocadas entre os condôminos para o Bahia Notícias. Nos documentos, que foram assinados pelo administrador responsável e por uma das vítimas do acontecido, é possível verificar o grau de tensão que pairou sobre conjunto residencial, que há dois meses investe pesado para manter a segurança e a privacidade de alguns dos mais ricos empresários, políticos e artistas da Bahia. “No último dia [...] tivemos a invasão da residência do [...], onde cinco meliantes levaram vários pertences. Infelizmente os últimos fatos aconteceram com a participação interna, que está em fase final de investigação”, diz a carta da administração. No texto é citada uma série de melhorias, como a mudança na entrada de veículos pela portaria de serviço, câmeras de infravermelho, a contratação de profissionais, e até de uma equipe de “inteligência e investigação” pelo período de 12 meses, além de uma central de monitoramento em fase final de conclusão. O anúncio das intervenções não acalmou uma mulher identificada como a vítima do assalto, que encaminhou uma correspondência ao síndico, com cópia para todos os vizinhos, em que conta detalhes dos momentos de apuros que viveu. “Para não instalar clima de pavor e desespero – não é o objetivo – este comunicado aberto será sucinto ao que interessa: Quem avisa amigo é”, diz a remetente. Ela seguiu a narrar o que chamou de “negra noite de terror”, e fala que dentro de sua residência conviveu, entre 19h e 21h45, com criminosos que fizeram tortura mental, ameaças de estupro e sequestro, além do roubo de pertences levados da casa. “Lamento maior não é pelos objetos tomados de assalto, por mais preciosos que sejam, mas as sequelas deixadas nos familiares e convidados: pesadelos, medo da vida, da convivência social e descrença do bem”, relata a vítima. A redação tentou entrar em contato com a administração do condomínio, mas não obteve sucesso. Confira aqui a íntegra dos dois documentos: a carta do síndico (ver aqui e aqui) e a carta da vítima (ver aqui e aqui).

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